O Tata Orion
Com mais de 30 anos de iniciado nos mistérios e mais de 15 anos atuando como sacerdote e terapeuta espiritual, Tata Orion é — antes de tudo — um questionador nato, um buscador incansável e um servidor do sagrado.
Nascido em uma linhagem tradicional de candomblecistas e quimbandeiros, teve o privilégio raro de crescer entre lendas vivas do Candomblé tradicional — onde o sagrado era vivido, e não apenas ensinado.
Com essa base, foi desde cedo incentivado a expandir seus horizontes — mergulhando em vivências práticas de magia e feitiçaria ancestral em diversas partes do mundo.
Por razões de saúde e destino, foi iniciado no Candomblé de Ketu e, posteriormente, na Quimbanda — com seus Exus assentados e posteriormente elevado à Tata Quimbanda — selando assim um caminho irreversível de serviço espiritual através da magia, da feitiçaria e do conhecimento ancestral.
Como costuma dizer desde os primeiros anos de sacerdócio:
Parece simples, mas o sacerdócio religioso é mais do que apenas fazer feitiços, trabalhos e rezas. É muito mais do que isso. É cuidar e zelar pela paz de espírito de todos aqueles que de mim precisam.
Tata Orion Ifatumbi (2011)
Apaixonado pelos Orixás, Tata Orion viaja frequentemente à Nigéria para vivenciar a espiritualidade em sua fonte: a tradição Isese Lagba — raiz do nosso Candomblé, com o povo Yoruba.
Em 2017, foi iniciado ao Orisá Ogun — e também a um culto secreto e altamente restrito, no coração de Oyó, tornando-se um dos primeiros estrangeiros a integrar essa tradição sagrada.
Sua jornada o levou por caminhos sagrados e plurais: Budismo, Xamanismo, Magia Cerimonial Europeia, e a Stregheria — a bruxaria tradicional italiana —, onde aprofundou sua conexão com as forças da natureza, da ancestralidade e da espiritualidade.
Foi também iniciado e posteriormente sagrado Tata Nganga em Palo Mayombe — uma tradição que honra até hoje com visitas frequentes ao seu Padriño e o acompanhando em viagens para diversos países como Venezuela, Chile, Argentina e Panamá, mantendo vivo o elo com os mistérios.
Se há algo que a vida lhe ensinou, é que o verdadeiro sacerdócio não se mede apenas por cargos ou rituais. Mas sim, pela capacidade de ver o outro, acolher sua dor e guiá-lo com firmeza e amor. Esse é o sacerdócio que permanece.
Retornando ao seu caminho afro-brasileiro, após sua saída do Candomblé, aprofundou-se ainda mais nas práticas e fundamentos do povo Yoruba — mantendo vivas as raízes que moldaram sua alma.
Na imagem ao lado, está ao lado de seu Oluwo, durante seu Itefa/Itelodu — cerimônia onde foi consagrado como Babalawo, dentro da tradição Ifá.
Mais recentemente, passou dois anos de intensas práticas e vivências ligadas ao xamanismo com seus aprendizados de domínio das energias e elementos da natureza e do homem, encarnados e desencarnados.
Além do caminho espiritual, Tata Orion também construiu uma trajetória sólida no mundo material: é empresário, investidor, Maçom (Rito Escocês Antigo e Aceito), formado em Administração e Contabilidade, com pós-graduações em Finanças, Marketing e Controladoria.
Cada iniciação, cada viagem, cada estudo, cada dor… tudo o moldou para servir.
Seu caminho não é feito apenas de ritos, mas de escolhas conscientes de estar a serviço da espiritualidade — e de quem precisa reencontrar o próprio destino.